Tratamento para TOC

No Transtorno Obsessivo-compulsivo, possuímos duas vertentes importantes desse processo de adoecimento: 

  • Obsessão: caracterizada por pensamentos intrusivos e representada por ideias ou imagens que ocorrem de maneira ruminante e provocam ansiedade.
  • Compulsão: caracterizada por comportamentos ou atos mentais que a pessoa sente a necessidade de realizá-lo para aliviar os sintomas ansiosos.

Nesse transtorno,  homens e mulheres são igualmente acometidos. A prevalência durante a vida é de 1 a 2%.

Os indivíduos têm obsessões, que são involuntárias e surgem mesmo quando estão pensando em outro fato. Esse pensamento gera muita angústia e ansiedade, geralmente, com representatividade de perigo. O comportamento repetitivo que ocorre de forma compulsiva surge para aliviar essa angústia e, muitas vezes, está relacionado ao pensamento.

Vamos dar um exemplo:  Lavar as mãos de forma repetitiva com medo de contaminação.

As obsessões podem gerar comportamentos compulsivos, evitativos, hipervigilantes e com lentificação para tomada de decisão.

Dois pontos importantes na identificação do transtorno são  o quanto do seu tempo é consumido por esses rituais (>1h/dia) e o impacto que o sofrimento traz na sua rotina.

Faz-se muito importante diferenciar o Transtorno Obsessivo-compulsivo do Transtorno de personalidade Obsessivo-Compulsivo, em que este último apresenta um padrão global de perfeccionismo e inflexibilidade , gerando um padrão controlador e a crença de que outras formas ou pessoas estão erradas. 

Muitas vezes o Transtorno Obsessivo-compulsivo é relativizado no consenso popular e é atribuído a característica de alguém que tenha um padrão minucioso de funcionar. Importante diferenciar bem que esse quadro traz muito sofrimento a pessoa em diversos graus, de tal forma que pode impossibilitá-la de ter relações interpessoais com tranquilidade, trabalhar ou estudar. 

O tratamento ocorre de forma multiprofissional. O primeiro passo dá-se pela necessidade de entendimento da relação causa e efeitos desses pensamentos. Entender que a não realização daquele comportamento não irá ocasionar algum desfecho ruim, como possam pensar alguns. O paciente deve desenvolver habilidades de identificar as ações, os pensamentos intrusivos e aprender a controlar e utilizar estratégias para alívio e mudança desses pensamentos.

No campo farmacológico, tem-se alguns antidepressivos com ação serotoninérgia como sertralina, clomipramina e fluvoxamina, que atuam na sintomatologia, reduzindo os pensamentos obsessivos e controlando a resposta ansiosa. 

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