Produtividade e performance profissional
Existem limites? A produtividade e a performance no trabalho
Para você os dias têm sido cada vez mais corridos, a velocidade e a quantidade de informações têm sido cada vez maiores e a sensação de que as coisas estão fora do controle parece crescer em progressão geométrica?
São notificações no celular, e-mails, mensagens, notícias de diferentes assuntos, entrevistas, matérias, vídeos etc. Diariamente, recebemos uma quantidade infinita de estímulos, e não se perturbar com isso é quase impossível.
Talvez você goste dessa adrenalina do dia a dia corrido e se sinta estimulado com todos esses pop-ups que surgem na sua frente. Contudo, a maioria das pessoas tem se sentido cada vez mais cansada, ansiosa, desesperançosa, sem sono ou com sono demais, com pouca fome ou com fome demais, desestimulada e sem rumo. Esses são alguns dos efeitos do cotidiano hiper estimulado que vivenciamos, que nos exige produtividade a qualquer custo e uma performance no trabalho digna de atleta olímpico.
Quem consegue manter esse ritmo? Existem limites? Como é possível ser produtivo e manter uma boa performance no trabalho com essa quantidade de exigências e informações? E, além disso, fazer todas as atividades domésticas ou as tarefas de casa dos filhos, enquanto se é exigido dessa forma no trabalho?
Como forma de reorganizar o pensamento e priorizar aquilo que é importante para ser produtivo e manter uma boa performance no trabalho, o primeiro passo é identificar quais são os temas que estão demandando mais: novos projetos? Metas? Entregas atrasadas? Processos operacionais? Reuniões de equipe?
Em seguida, é necessário ter um olhar crítico para todas as atividades e identificar aquelas que podem ter ajustes. Quais os limites que podem ser estabelecidos? Como gostaria de conduzir esse tema? O que gostaria de falar para a equipe? Por fim, é preciso estabelecer as prioridades: o que pode ser descartado ou ajustado, o que precisa de pequenos ajustes e o que requer investimentos em uma nova forma de organização e condução.
É como arrumar aquela gaveta cheia de bagunça: tiramos tudo, espalhamos no chão para ter a oportunidade de ver cada um dos itens e para cada um deles vamos dando um destino. Alguns vão para o lixo, outros para outras gavetas, outros precisam de conserto. Ao final, após ver tudo que serve ou não, vamos colocar de volta dentro da gaveta, aos poucos e de forma organizada, aquilo que serve.
Essa metáfora serve para gavetas, para armários e para o nosso trabalho. E, ampliando essa reflexão, ficam alguns questionamentos: quais são as atividades que roubam meu tempo? Quais são as atividades que me distraem? E aquelas que me ajudam a chegar mais perto do que espero? E quais me deixam mais longe do que precisa ser feito? Como eleger as prioridades? Como comunicar e negociar as prioridades com as lideranças e equipe? Como ser assertivo em meus pedidos?
Por fim, pode ser importante também uma visita ao médico psiquiatra para avaliar se há a necessidade de tratamento de outros distúrbios que podem estar associados à questão.
Responder esses questionamentos nem sempre é fácil. Algumas pessoas conseguem perceber os limites excedidos, porém não conseguem clareza para comunicar e negociar esses limites, pensar em estratégias para melhorar seu cotidiano ou para ser assertivo em suas posições. Nesse sentido, a psicoterapia pode ser uma aliada importante para percorrer uma jornada de autoconhecimento e melhorar a sua gestão do tempo e do trabalho, inclusive com a utilização de técnicas específicas para essa finalidade. E por fim, pode ser importante também uma visita ao médico psiquiatra para avaliar se há a necessidade de tratamento de outros distúrbios que podem estar associados à questão.